A demissão de Nísia Trindade acontece em meio a especulações sobre sua permanência no cargo. Lula já havia indicado a intenção de promover mudanças na pasta, e a decisão foi oficializada após um evento no Palácio do Planalto, no qual Nísia esteve ao lado do presidente para anunciar novas parcerias na produção de vacinas.
Alexandre Padilha, que retorna ao comando do Ministério da Saúde, já ocupou o cargo entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014, durante o governo de Dilma Rousseff. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), sua trajetória política é marcada por uma atuação expressiva na área da saúde pública.
Com a nomeação de Padilha para o Ministério da Saúde, a Secretaria de Relações Institucionais também sofrerá alterações. O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, desponta como um dos principais cotados para assumir o posto. Filiado ao PT, Guimarães é considerado uma escolha estratégica devido à sua experiência e forte ligação com o governo.
A saída de Nísia Trindade, servidora de carreira da Fundação Oswaldo Cruz, já vinha sendo cogitada nos bastidores do governo. Relatos apontam que Lula considerava a mudança há semanas, visando uma nova direção para o Ministério da Saúde. A decisão foi oficializada após reuniões internas, incluindo um encontro com Nísia e ministros como Rui Costa, da Casa Civil.
Nísia Trindade ocupava o cargo de ministra da Saúde desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023. Sua indicação foi atribuída a Alexandre Padilha, que agora reassume a pasta em um cenário de desafios e expectativas para a saúde pública no Brasil.