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| Foto: Ton Molina |
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades na gestão de recursos públicos pela Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu. O caso está sendo conduzido pelo ministro Aroldo Cedraz. Na última semana, foi divulgado que os gastos relacionados à realização da cúpula do G20 e ao festival conhecido como “Janjapalooza” — apelido dado devido à divulgação feita pela primeira-dama Janja da Silva — chegaram a até 83,45 milhões de reais, custeados por empresas estatais brasileiras. As informações foram inicialmente reportadas pelo Estadão e confirmadas por O Antagonista.
A Itaipu Binacional, uma das maiores fornecedoras de energia da América Latina, foi alvo de críticas pelo elevado montante destinado ao apoio de eventos promovidos pelo governo federal, incluindo sua participação destacada na Cúpula do G20. Estima-se que a contribuição da empresa para esses eventos tenha atingido aproximadamente 15 milhões de reais.
Os gastos ganharam ainda mais destaque devido à participação ativa da primeira-dama, Janja da Silva, em eventos como o chamado “Janjapalooza” — termo popularizado pela mídia e pelo público, mas que ela desaprovou. Além disso, sua longa trajetória profissional na Itaipu levanta questionamentos sobre a possível influência que ela ainda pode exercer nas decisões financeiras da estatal.
Os gastos totais previstos com o “Janjapalooza”, evento destinado a promover causas sociais de forma abrangente, incluindo despesas com passagens aéreas, infraestrutura e equipamentos, teriam superado 28,3 milhões de reais. A gestão desses recursos levantou questionamentos em diversos setores, levando à investigação sobre a administração das despesas públicas e a transparência em eventos financiados com verbas estatais.
Em meio ao aumento da fiscalização e das críticas públicas, foi implementado o “Janjômetro”, um mecanismo criado para oferecer maior transparência e controle sobre os gastos pessoais e os custos de eventos ligados à primeira-dama e à presidência. A iniciativa reflete a crescente demanda por mais responsabilidade e supervisão no uso de recursos públicos.
O TCU segue examinando minuciosamente os documentos e as movimentações financeiras relacionadas aos eventos financiados pela Itaipu e outras estatais. O objetivo é não apenas identificar e corrigir possíveis irregularidades, mas também estabelecer políticas que assegurem maior transparência em operações financeiras semelhantes no futuro.
Enquanto as investigações avançam, a população espera por resultados concretos que garantam uma gestão responsável dos recursos públicos, protegendo o interesse coletivo e assegurando o uso adequado do patrimônio nacional.