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Leonardo Sica, presidente eleito da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional São Paulo (OAB-SP), expressou preocupação com o que chamou de "poder desmedido" atualmente exercido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele defendeu a necessidade de "redefinir os limites do Judiciário". O criminalista foi eleito com uma votação histórica para liderar a maior seccional da OAB no Brasil.
Segundo Sica, para limitar o ativismo do STF, é necessário estabelecer mandatos para os ministros e reduzir o alcance do foro privilegiado. Ele aponta os processos relacionados aos atos de 8 de janeiro como um exemplo claro da "competência estendida do Supremo".
"Os ministros do STF não tinham que estar julgando todo esse monte de gente. Não tem como um juiz ouvir o advogado de 3 mil pessoas, afirmou ele, destacando que essa prática acaba restringindo o direito de defesa.
Ele acredita que a adoção do conceito de juiz universal no julgamento dos atos de 8 de janeiro pode levar à anulação das condenações no futuro, caso haja alterações na composição da Corte.
"A gente já viu acontecer isso uma vez. No começo da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal estava validando tudo o que acontecia. De repente, houve uma ou outra mudança de composição de turma do próprio Supremo e o Supremo passou a invalidar algo que vinha validando. Então, sim, a gente corre o mesmo risco. (…) É mais do mesmo. Agora com um viés mais politizado, mas é mais do mesmo" pontuou.
Além disso, Sica também propõe mudanças que impactam na atuação política dos dirigentes da Ordem.