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| Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo |
A perda de confiança na economia brasileira é atribuída à crise política e fiscal, que tem causado a desvalorização do real e a fuga de capitais, segundo coluna do Wall Street Journal (WSJ) publicada neste domingo (22).
Mary Anastasia O’Grady, colunista especializada em política, economia e negócios na América Latina, destaca o excesso de gastos e a falta de confiança em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como fatores que impulsionaram a recente fuga de capitais.
De acordo com a colunista, o cenário é reversível, mas não há sinais de que a estabilização do real e o controle de gastos sejam prioridades do governo Lula.
O artigo também menciona o papel do Banco Central, destacando decisões recentes, como o aumento da taxa Selic e leilões de linha para ampliar a liquidez do real, apontadas como medidas preocupantes de controle monetário.
"O Brasil corre o risco de se tornar um país onde o Banco Central é pressionado a definir políticas em resposta ao excesso de gastos do governo, em vez de priorizar uma moeda sólida”, afirma O’Grady em sua coluna no WSJ.
Nas últimas duas semanas, o Banco Central realizou várias intervenções no mercado cambial, injetando mais de US$ 23,75 bilhões, conforme comunicado da instituição. Além disso, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa Selic foi ajustada para 12,25% ao ano.
O’Grady acredita que a saída de investidores deve persistir enquanto Lula estiver na presidência. Segundo a colunista, as políticas e influências do governo são consideradas preocupantes.
“Ele é um populista de esquerda cuja principal estratégia para vencer eleições competitivas é baseada em gastos elevados. Agora o orçamento está esgotado”, afirma O'Grady.De acordo com o artigo, a má gestão das contas públicas e da economia também contribuem para a saída de investidores.
“Enquanto Brasília não retornar ao controle de capitais, investidores têm uma saída e provavelmente a utilizarão”, conclui O’Grady em sua análise.