Integrantes do governo federal comunicaram a parlamentares da Câmara dos Deputados que aqueles que subscreveram o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT), devido à sua comparação das mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto, enfrentarão repercussões por parte do Executivo.
A divulgação foi feita pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), durante uma reunião com líderes da base governista nesta terça-feira (27).
Conforme relatos, o consenso foi que os deputados que endossaram o pedido e indicaram cargos regionais serão destituídos dessas posições, além de receberem menos atenção por parte do Executivo, incluindo emendas parlamentares.
“Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Afinal de contas, essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”, Afirmou o deputado Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara dos Deputados.
Elaborado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), o requerimento foi registrado na noite de quinta-feira passada (22). Alega-se a presença de 140 assinaturas, incluindo parlamentares vinculados à base de apoio ao governo Lula na Câmara.
O pedido de impeachment estava incluído na agenda da reunião desta terça-feira. Nas plataformas de mídia social, Guimarães afirmou que, durante a reunião, chegou-se a um consenso de que é "incompatível" um deputado pertencer à base, “ter relação com o governo e assinar” o pedido.
Segundo informações, uma lista com os nomes dos deputados da base que subscreveram o pedido de impeachment foi entregue às lideranças, acompanhada de uma solicitação para que os líderes iniciem uma força-tarefa para retirar esses apoios.
Existem subscrições de representantes de partidos como União Brasil, PSD, Republicanos e PP. Os dois primeiros contam com três representantes na Esplanada dos Ministérios, enquanto os dois últimos têm um indicado cada.
Lula foi eleito com uma base de esquerda minoritária na Câmara, o que o obrigou a formar alianças com partidos do centro e da direita. Apesar disso, a relação entre o Executivo e o Legislativo, especialmente na Câmara, foi caracterizada por períodos de tensão ao longo de 2023.
Embora a crise causada pelas declarações de Lula tenha fornecido argumentos à oposição e mobilizado aliados de Bolsonaro a favor do pedido de impeachment, líderes de bancadas no Congresso Nacional afirmam que as chances de sucesso dessa investida são nulas.
A iniciativa para abrir o processo está sob a alçada do presidente da Câmara. Não há um prazo definido para a análise desses pedidos por Lira, podendo eles permanecer em sua mesa por tempo indefinido. Se a solicitação for arquivada, há a possibilidade de recurso ao plenário.
A busca por assinaturas para o impeachment teve início após Lula fazer uma comparação entre a ação de Israel em Gaza e o genocídio de judeus liderado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Solicitações anteriores de impeachment apresentadas pela oposição, algumas delas formalizadas em conjunto pelos deputados, abrangem uma série de eventos que, segundo os parlamentares vinculados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), justificariam a remoção do presidente.
O primeiro desses pedidos foi feito apenas 26 dias após o início do mandato de Lula.
Dentre as razões apontadas nos documentos, estão a suposta omissão de Lula durante os ataques bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023, a recepção ao ditador Nicolás Maduro em maio do ano passado, a revogação dos decretos de armas de Bolsonaro, a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal e uma entrevista na qual Lula menciona que, durante seu período de prisão, queria "f*der" o então juiz Sérgio Moro.
A divulgação foi feita pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), durante uma reunião com líderes da base governista nesta terça-feira (27).
Conforme relatos, o consenso foi que os deputados que endossaram o pedido e indicaram cargos regionais serão destituídos dessas posições, além de receberem menos atenção por parte do Executivo, incluindo emendas parlamentares.
“Quem assinou o impeachment do presidente está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tinha algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Afinal de contas, essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”, Afirmou o deputado Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara dos Deputados.
Elaborado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), o requerimento foi registrado na noite de quinta-feira passada (22). Alega-se a presença de 140 assinaturas, incluindo parlamentares vinculados à base de apoio ao governo Lula na Câmara.
O pedido de impeachment estava incluído na agenda da reunião desta terça-feira. Nas plataformas de mídia social, Guimarães afirmou que, durante a reunião, chegou-se a um consenso de que é "incompatível" um deputado pertencer à base, “ter relação com o governo e assinar” o pedido.
“Isso não é razoável e a minha posição é encaminhar a lista desses parlamentares para que o governo tome providências”, escreveu o deputado.
De acordo com os presentes, os legisladores também abordaram a distribuição do controle das comissões permanentes da Câmara, um assunto que deve ser tratado em uma reunião posterior com líderes e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ainda nesta terça-feira.
De acordo com os presentes, os legisladores também abordaram a distribuição do controle das comissões permanentes da Câmara, um assunto que deve ser tratado em uma reunião posterior com líderes e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ainda nesta terça-feira.
Segundo informações, uma lista com os nomes dos deputados da base que subscreveram o pedido de impeachment foi entregue às lideranças, acompanhada de uma solicitação para que os líderes iniciem uma força-tarefa para retirar esses apoios.
Existem subscrições de representantes de partidos como União Brasil, PSD, Republicanos e PP. Os dois primeiros contam com três representantes na Esplanada dos Ministérios, enquanto os dois últimos têm um indicado cada.
Lula foi eleito com uma base de esquerda minoritária na Câmara, o que o obrigou a formar alianças com partidos do centro e da direita. Apesar disso, a relação entre o Executivo e o Legislativo, especialmente na Câmara, foi caracterizada por períodos de tensão ao longo de 2023.
Embora a crise causada pelas declarações de Lula tenha fornecido argumentos à oposição e mobilizado aliados de Bolsonaro a favor do pedido de impeachment, líderes de bancadas no Congresso Nacional afirmam que as chances de sucesso dessa investida são nulas.
A iniciativa para abrir o processo está sob a alçada do presidente da Câmara. Não há um prazo definido para a análise desses pedidos por Lira, podendo eles permanecer em sua mesa por tempo indefinido. Se a solicitação for arquivada, há a possibilidade de recurso ao plenário.
A busca por assinaturas para o impeachment teve início após Lula fazer uma comparação entre a ação de Israel em Gaza e o genocídio de judeus liderado por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Solicitações anteriores de impeachment apresentadas pela oposição, algumas delas formalizadas em conjunto pelos deputados, abrangem uma série de eventos que, segundo os parlamentares vinculados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), justificariam a remoção do presidente.
O primeiro desses pedidos foi feito apenas 26 dias após o início do mandato de Lula.
Dentre as razões apontadas nos documentos, estão a suposta omissão de Lula durante os ataques bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023, a recepção ao ditador Nicolás Maduro em maio do ano passado, a revogação dos decretos de armas de Bolsonaro, a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal e uma entrevista na qual Lula menciona que, durante seu período de prisão, queria "f*der" o então juiz Sérgio Moro.
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