William Bonner / Jornal Nacional (Reprodução) |
A Petrobras, sob a gestão do regime liderado por Lula, está no centro de polêmicas devido a uma decisão controversa: um aumento exorbitante nos gastos com publicidade televisiva. O montante em questão atingiu a marca de R$ 90,1 milhões, representando um impressionante acréscimo de quase 60% em relação ao ano anterior.
A justificativa apresentada pela estatal petrolífera aponta para a celebração do septuagésimo aniversário da empresa, alegando a necessidade de recursos adicionais para fortalecer sua estratégia de comunicação em comparação ao ano anterior. No entanto, a escolha da Petrobras em investir pesadamente em publicidade televisiva, em detrimento das tendências globais de digitalização da comunicação e do declínio de audiência nas TVs tradicionais, levanta questionamentos.
Roseane Beatriz Juliano de Aguiar Figueredo, gerente executiva de Comunicação da Petrobras, defendeu a eficácia da publicidade televisiva, citando o Custo por Mil (CPM) como métrica relevante. Segundo ela, a TV continua sendo uma plataforma relevante, alcançando aproximadamente 90% dos adultos brasileiros. A empresa justifica seus gastos expressivos afirmando que os resultados positivos obtidos com campanhas televisivas justificam o investimento.
Entretanto, críticos argumentam que a Petrobras está desconsiderando a tendência global de digitalização da comunicação, negligenciando a eficiência de estratégias mais modernas. A escolha de investir maciçamente em televisão, especialmente destinando R$ 73,4 milhões para a TV aberta e R$ 16,7 milhões para canais fechados, parece desconectar-se da realidade contemporânea.
Além disso, a aprovação dessas ações publicitárias pelo governo federal, através da Secretaria de Comunicação Social, levanta questões sobre a transparência e eficiência no uso dos recursos públicos. A crítica também aponta para uma suposta busca de proteção dos jornais televisivos, sugerindo que a emissora que é alimentada financeiramente pela Petrobras pode hesitar em questionar ou criticar a empresa.
A decisão da Petrobras de priorizar a publicidade televisiva em detrimento de abordagens mais eficientes e alinhadas às tendências globais suscita debates sobre a responsabilidade no uso do dinheiro dos contribuintes. A percepção de que tais decisões refletem mais uma priorização política do que uma estratégia de comunicação eficiente coloca a empresa e o regime Lula sob escrutínio público.
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