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| José Genoíno Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) manifestou apoio à "ideia de boicote" a "certas empresas de judeus" e a "empresas vinculadas ao estado de Israel" durante uma transmissão ao vivo no último sábado (20).
Genoino mencionava a possibilidade de não realizar compras na Magazine Luiza devido ao apoio de Luiza Trajano, proprietária da empresa, a um abaixo-assinado que solicitava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconsiderasse seu apoio a uma ação da África do Sul contra Israel por genocídio.
“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, afirmou Genoino.
“Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel”, concluiu.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) expressou repúdio à declaração do político petista, enfatizando que o boicote a empresas de judeus foi uma das primeiras medidas implementadas pelo regime nazista antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, destacou o trecho da nota.
A organização enfatizou também que a declaração de José Genoino é de natureza antissemita: “A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio, pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”.
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