Ianomâmis Foto: Reprodução |
No primeiro ano de mandato de Lula, 162 crianças ianomâmis, entre zero e quatro anos, faleceram. O governo culpava Bolsonaro por genocídio contra os ianomâmis e iniciou uma investigação federal. Entretanto, em 2023, o número de mortes de bebês ianomâmis com até um ano ultrapassou a média dos cinco anos anteriores.
O registro de óbitos entre os ianomâmis chegou a 308 em 2023, um aumento significativo de quase 50% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 209 mortes indígenas, conforme informações da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai). O dado referente a 2022 foi divulgado no início do mesmo ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou a administração de Jair Bolsonaro de "genocídio" contra os ianomâmis, em Roraima, na Região Norte do Brasil.
Esses dados foram apresentados em um relatório divulgado em 21 de dezembro pela Sesai, vinculada ao Ministério da Saúde, abrangendo informações até o mês de novembro. Na época, membros do governo Lula exploraram a situação para desgastar o governo Bolsonaro.
Após a divulgação de imagens impactantes de indígenas extremamente magros e sofrendo de desnutrição crônica, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, atualmente ministro do Supremo, em janeiro de 2023, determinou que a Polícia Federal iniciasse uma investigação sobre membros do governo Bolsonaro, suspeitos de crimes como omissão de socorro e genocídio, caracterizando um suposto extermínio intencional de um povo ou etnia.
No primeiro ano do governo Lula, 162 crianças ianomâmis, com idades entre zero e quatro anos, perderam a vida, correspondendo a 52,5% do total de óbitos, segundo os dados do relatório da Sesai. As mortes de bebês com até um ano de idade, totalizando 104, representam um terço do total. As principais causas de morte incluíram doenças respiratórias (66), causas externas (65) e doenças infecciosas e parasitárias (63).
O número de óbitos desses bebês ianomâmis com até um ano ultrapassou a média dos cinco anos anteriores, englobando o período da pandemia de Covid-19. De 2018 a 2022, o órgão do Ministério da Saúde registrou 505 mortes de crianças com até um ano, resultando em uma média de 101 mortes por ano, com aumento em 2023. Após a iniciativa de Dino, o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a ampliação da investigação conduzida pela PF, que permanece em sigilo. Lula ainda não se manifestou sobre a situação dos ianomâmis.
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