José Dirceu e Petistas Admitem Temer Nova Estratégia de Bolsonaro

José Dirceu Foto: Reprodução

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou nesta quinta-feira (25), que não descartaria a possibilidade da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se candidatar à Presidência em 2026, considerando-a uma potencial "solução" caso Jair Bolsonaro permaneça inelegível.

“Muitas vezes, se fala que ela pode ser candidata no lugar do Bolsonaro. Eu não subestimaria a Michelle como candidata, porque o bolsonarismo é uma força. O Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo”, afirmou Dirceu em uma entrevista concedida à CNN Brasil.

Após mencionar o nome do governador de São Paulo, Dirceu afirmou que não foi “o bolsonarismo que elegeu o Tarcísio”, mas “o conservadorismo que existe” em São Paulo. “Assim como existe também o progressismo em São Paulo, porque nós já fizemos 1/3 de votos em São Paulo em várias eleições”, disse José Dirceu, falando dos pleitos disputados por Aloízio Mercadante, José Genoíno e Marta Suplicy.

“O Genoíno fez, o Mercadante fez. A Marta quando quase foi para o 2º turno com o Mário Covas já mostrou a nossa força em 1998. O PT e as esquerdas têm força no Estado de São Paulo. Mas eu acho que sim, que ele (Bolsonaro) pode buscar uma solução como colocar a ex-primeira-dama, a esposa dele, a Michelle, como candidata”, declarou.

Michelle foi mencionada por Dirceu ao ser questionado sobre possíveis adversários de Lula na eleição de 2026, juntamente com Tarcísio de Freitas e os governadores Ratinho Jr (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo).

“Estou vendo o PSD falando no Ratinho Jr, o nosso Caiado, nosso vizinho, o Tarcísio pode ou não ser candidato, por enquanto o Zema eu não sei se ele consegue viabilizar uma candidatura. Eu vejo que, por enquanto, não está muito definido isso. O Bolsonaro pode ser que ele seja candidato inelegível, fique até o final até o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) declarar inelegível e depois coloque alguém para substituir. Mas precisa ver quais partidos vão com Bolsonaro. Será que o PR, o PP, o PSD, o União Brasil vão junto? É muito improvável que isso aconteça”, disse.

“Então, também, não é tão simples. Então, nós temos a tarefa de manter o nosso campo unido, vai ser um desafio, por isso, isso explica muitos gestos do presidente Lula”, completou.

Redação

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