Javier Milei Afirma Que Megadecreto Não Vai Ser Negociado

Presidente da Argentina, Javier Milei
Presidente argentino Javier Milei Foto: Tomas Cuesta/Getty Image

O presidente argentino, Javier Milei, rejeitou a possibilidade de negociar o decreto e megaprojeto de lei para desregulamentar setores econômicos. Ele chamou de "idiotas úteis" políticos que buscam fragmentar os textos no Legislativo. Milei afirmou que não negociarão, mas estão abertos a "sugestões para melhorar" o texto.

O megaprojeto de lei será analisado por comissões de deputados nesta terça-feira (9). O decreto, já em vigor, pode ser derrubado se houver rejeição na Câmara e no Senado. Forças políticas tradicionais, como a União Cívica Radical (UCR), questionam o texto, destacando que a medida "avassala a institucionalidade democrática". A vice-presidente do Senado, Carolina Losada, da UCR e Juntos pela Mudança, expressou disposição para apoiar reformas do decreto, mas ressaltou que aspectos precisam ser revistos e discutidos em entrevista a uma rádio local.

Ela lamentou pela dificuldade de diálogo com o governo. Durante a entrevista, Milei reiterou acusações de suborno a legisladores envolvidos na negociação das leis do decreto e do megaprojeto enviado ao Congresso. Argumentou: "Por que querem fracionar e discutir o decreto? Porque querem receber propina com isso." Destacou que, enquanto outros governos agiram sem resistência política, a proposta pró-mercado do atual governo enfrenta críticas. O presidente enfatizou a urgência de um rápido investimento diante da magnitude do ajuste proposto para minimizar danos em atividade, emprego, e bem-estar dos mais vulneráveis.

Anteriormente, em uma entrevista na mesma rádio, o ministro do Interior da Argentina, Guillermo Francos, instou o Legislativo a acelerar a votação do megaprojeto de lei. "Não temos tempo. Se demorar um ano inteiro para debater uma lei, não entrará mais um peso na Argentina, ninguém investirá no país. Temos uma urgência significativa de investimento e necessidade de entrada de divisas para evitar paralisações", afirmou.

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