Capas da revista IstoÈ / Reprodução |
A revista IstoÉ teria recebido R$ 300 milhões em verbas publicitárias durante os governos de Lula e Dilma, de acordo com dados do extinto Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), compilados pelo Terça Livre.
O jornalista Allan Santos, como já noticiado, está processando a revista e seu diretor de redação, Germano Oliveira, em R$ 100 mil. A ação apresenta um levantamento inédito sobre os valores recebidos por veículos de comunicação durante os últimos governos.
Até 2017, o IAP reunia dados sobre o orçamento de publicidade de ministérios e empresas estatais, mas foi fechado no governo Temer, deixando o Brasil carente de uma entidade como o Projeto Veritas nos Estados Unidos.
Os dados analisados pelo Terça Livre referem-se ao período de 2000 a 2016, e se atualizados até fevereiro de 2020, revelam que a IstoÉ teria recebido quase R$ 350 milhões. A análise das planilhas do IAP mostra um aumento significativo de inserções de publicidade na revista durante a era PT, seguido por uma queda proporcional durante o impeachment em 2015/2016.
O Terça Livre já destacou que a revista Fórum, do jornalista petista Renato Rovai, recebeu cerca de R$ 4,2 milhões em quase 15 anos. Os valores foram corrigidos até 2016 pelo IGP-M. A análise das planilhas do IAP revela um escândalo nas relações entre veículos de comunicação e verbas federais durante esse período.