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Após duas explosões que vitimaram 103 pessoas durante a caminhada em direção ao túmulo de do ex-general Qassem Soleimani no Irã, a brigada Al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana, anunciou ter atacado posições do Exército de Israel na Faixa de Gaza, em cooperação com soldados do Al-Qassam, braço armado do Hamas.
Segundo o comunicado da Al-Quds, "nesta tarde, em uma operação conjunta com o Al-Qassam, bombardeamos 60 grupos de veículos e soldados inimigos nas linhas de frente que avançam sobre o centro de Khan Younis".
Até o momento, não há evidências que vinculem Israel às explosões em Kerman durante a procissão, e o exército de Jerusalém não emitiu nenhum comunicado. O governo iraniano classificou a explosão como um "atentado terrorista" e afirmou se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas presentes na multidão. Até a última atualização desta reportagem, nenhum grupo havia reivindicado a autoria do ataque.
A primeira explosão, conforme o serviço de emergência de Kerman, ocorreu cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano, resultando em relatos, pelas redes sociais, de centenas de corpos espalhados. A segunda explosão aconteceu minutos depois, em um local mais afastado, próximo às primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, de acordo com as autoridades locais.
A morte de Soleimani, considerado um herói nacional no Irã, desencadeou uma onda de indignação no país contra os Estados Unidos. Ele foi morto em um ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, em uma operação secreta ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Pentágono alegou que Soleimani estava envolvido em ataques a soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.
Após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e afirmou que intensificaria a "resistência" contra os EUA e Israel. Desde então, o governo iraniano aumentou o apoio e financiamento a grupos que atuam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah. Soleimani liderava a Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, há 15 anos, sendo apontado como o estrategista por trás da política militar e geopolítica do país.
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