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A ditadura cubana anunciou aumento de 528% nos preços da gasolina e do diesel em 1º de fevereiro, como parte do plano de ajuste macroeconômico. O ministro Vladimir Reguero confirmou o aumento durante entrevista à rede de televisão estatal, destacando a intenção de "reanimar" a economia cubana em crise. O preço da gasolina especial (94 octanas) subirá de 30 pesos por litro para 156 pesos (R$ 6,33), e o do diesel especial passará de 27,5 pesos para 150 (R$ 6,09), representando aumentos de 520% e 546%, respectivamente. O regime cubano informou que 28 postos de combustíveis começarão a aceitar pagamento em dólar, visando alinhar os preços com a taxa de câmbio oficial de 120 pesos para um dólar. O ministro ressaltou a necessidade de ajustar os preços em moeda nacional diante dessa mudança.
Reguero afirmou que a cobrança em dólares de gasolina e diesel visa obter moeda para o "fornecimento" de combustível, crucial devido à dependência de importações de países aliados como Rússia, Venezuela e México. Como anunciado em dezembro, a tarifa de eletricidade terá aumento este ano, especificamente para os consumidores domésticos, que representam o maior consumo. O ministro de Energia e Minas detalhou um aumento de 25% para cada quilowatt (kW) extra além de 500 kWh. Esse acréscimo, esclareceu ele, impactará apenas de 2% a 5% dos consumidores, conforme cálculos do governo.
Cerca de 60% dos gastos com energia elétrica em Cuba são atribuídos às residências. Em 2024, o país implementará um dos maiores planos de ajuste macroeconômico em décadas, envolvendo aumentos em serviços como energia, água e gás, além do fim do subsídio universal aos alimentos. O governo destaca a urgência dessas medidas, assegurando que não prejudicarão os setores mais vulneráveis. Sob a liderança de Miguel Díaz-Canel, a ilha encerrou 2023 com uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de até 2% e um déficit fiscal correspondente a 19% do PIB, conforme indicado pelo governo. Os cálculos oficiais preveem uma inflação que ultrapassará 30%.