A CGU ouviu o responsável pela UBS Parque Peruche durante a suposta vacinação de Bolsonaro, além de profissionais de saúde, que negaram sua presença. Dados da Força Aérea Brasileira indicam seu retorno a Brasília um dia antes da alegada data de vacinação, enquanto ele estava em São Paulo para tratamento médico.
Embora a investigação indique uma possível fraude no cartão de vacinação, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso devido à falta de provas suficientes contra funcionários públicos. A CGU identificou irregularidades em São Paulo e no Rio de Janeiro, resultando na abertura de uma investigação pela PF focada nos eventos ocorridos no estado fluminense.
Conforme a investigação, todos os funcionários da UBS Parque Peruche compartilharam um único login e senha no Sistema VaciVida durante a inserção falsa, dificultando a identificação do responsável pelos dados fraudulentos. A CGU determinou que o sistema era acessível de qualquer local com conexão à internet. O órgão ressaltou que o registro falso constava apenas no Sistema VaciVida, não nos registros físicos da UBS Parque Peruche, indicando a possibilidade de uma fraude online.
"Em resumo, qualquer indivíduo com login e senha tinha acesso ao site do Sistema, facilitando assim o registro", destaca a nota técnica obtida pelo GLOBO, acrescentando: "Isso dificultou, se não impossibilitou, identificar quem realmente registrou a vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e senha da UBS Parque Peruche poderia ter realizado essa inserção".
A CGU enfatiza que os dados transmitidos pelo sistema VaciVida sobre a alegada imunização do ex-presidente em 19 de junho de 2021 "são válidos conforme o modelo de informação acordado entre os entes federativos". No entanto, apesar de serem válidos, as evidências coletadas indicam que não são verdadeiros. Mesmo os funcionários presentes na UBS Parque Peruche, tanto no dia suposto da vacinação (19/07/2021) quanto no dia do registro (14/12/2021), afirmaram que o Sr. Bolsonaro nunca compareceu para se vacinar.
Outro aspecto investigado pela CGU foi a disponibilidade, durante a suposta imunização do ex-Presidente da República, do lote da vacina da Janssen registrado nos sistemas do Ministério da Saúde. "Concluiu-se que, embora o lote existisse na época da alegada vacinação (fabricado em 21/10/2020), não estava disponível na UBS Parque Peruche em 19/07/2021. Portanto, o Sr. Bolsonaro não poderia ter recebido esse imunizante nessa data nesse local".
Em maio do ano passado, a PF iniciou a Operação Verani para esclarecer a atuação de uma associação criminosa envolvida na inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. A investigação da Polícia Federal examina a possível falsificação de dados no certificado de vacinação de familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, e sua esposa, Michelle Bolsonaro.
“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, afirmou a PF, à época.
Embora a investigação indique uma possível fraude no cartão de vacinação, a equipe técnica da CGU recomendou o arquivamento do caso devido à falta de provas suficientes contra funcionários públicos. A CGU identificou irregularidades em São Paulo e no Rio de Janeiro, resultando na abertura de uma investigação pela PF focada nos eventos ocorridos no estado fluminense.
Conforme a investigação, todos os funcionários da UBS Parque Peruche compartilharam um único login e senha no Sistema VaciVida durante a inserção falsa, dificultando a identificação do responsável pelos dados fraudulentos. A CGU determinou que o sistema era acessível de qualquer local com conexão à internet. O órgão ressaltou que o registro falso constava apenas no Sistema VaciVida, não nos registros físicos da UBS Parque Peruche, indicando a possibilidade de uma fraude online.
"Em resumo, qualquer indivíduo com login e senha tinha acesso ao site do Sistema, facilitando assim o registro", destaca a nota técnica obtida pelo GLOBO, acrescentando: "Isso dificultou, se não impossibilitou, identificar quem realmente registrou a vacinação do Sr. Bolsonaro. Em outras palavras, qualquer pessoa com o login e senha da UBS Parque Peruche poderia ter realizado essa inserção".
A CGU enfatiza que os dados transmitidos pelo sistema VaciVida sobre a alegada imunização do ex-presidente em 19 de junho de 2021 "são válidos conforme o modelo de informação acordado entre os entes federativos". No entanto, apesar de serem válidos, as evidências coletadas indicam que não são verdadeiros. Mesmo os funcionários presentes na UBS Parque Peruche, tanto no dia suposto da vacinação (19/07/2021) quanto no dia do registro (14/12/2021), afirmaram que o Sr. Bolsonaro nunca compareceu para se vacinar.
Outro aspecto investigado pela CGU foi a disponibilidade, durante a suposta imunização do ex-Presidente da República, do lote da vacina da Janssen registrado nos sistemas do Ministério da Saúde. "Concluiu-se que, embora o lote existisse na época da alegada vacinação (fabricado em 21/10/2020), não estava disponível na UBS Parque Peruche em 19/07/2021. Portanto, o Sr. Bolsonaro não poderia ter recebido esse imunizante nessa data nesse local".
Em maio do ano passado, a PF iniciou a Operação Verani para esclarecer a atuação de uma associação criminosa envolvida na inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde. A investigação da Polícia Federal examina a possível falsificação de dados no certificado de vacinação de familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, e sua esposa, Michelle Bolsonaro.
“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, afirmou a PF, à época.
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