Foto: Site da Marinha Real |
Nesta quinta-feira (28), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou o envio de tropas para a fronteira com a Guiana, país vizinho com o qual mantém uma intensa disputa diplomática devido ao território de Essequibo. A decisão de mobilizar as tropas é uma resposta ao anúncio do Reino Unido de enviar um navio militar à costa da Guiana, classificado pela presidência venezuelana como uma provocação.
O comunicado oficial declara que o presidente Maduro ordenou a ativação imediata da Ação Conjunta "General Domingo Antonio Sifontes", envolvendo as Forças Armadas Bolivarianas na região do Caribe oriental e Fachada Atlântica, correspondendo às costas norte e nordeste da Venezuela, adjacente à fronteira com a Guiana.
O Ministério da Defesa britânico havia anunciado anteriormente o envio do navio de patrulha da Marinha Real HMS Trent para proteger a Guiana, que faz parte da Commonwealth. Embora o navio estivesse inicialmente na região do Caribe para combater o tráfico de drogas, será desviado para a costa guianesa.
Os Estados Unidos, que estabeleceram uma parceria militar com a Guiana no ano passado para lidar com a crise de Essequibo, anunciaram sobrevoos militares na região, uma medida também considerada provocativa por Maduro. Além disso, os EUA estão considerando a possibilidade de estabelecer uma base militar em Essequibo.
O anúncio da mobilização das tropas venezuelanas representa uma ruptura no caminho do diálogo que os dois países vinham traçando desde a reunião entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, realizada em São Vicente e Granadinas, no Caribe. O encontro, que contou com a participação do assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, buscava abordar o impasse entre as nações.
Após a reunião, o governo da Venezuela declarou que ambos os países demonstraram disposição em "prosseguir com o diálogo" sobre o território. Durante o encontro, realizado em uma sala reservada do aeroporto de São Vicente e Granadinas, na capital Kingstown, a Venezuela afirmou manter uma "posição inalterável".
Essa reunião marcou o primeiro diálogo direto na disputa pelo território de Essequibo, após mais de uma semana de intensificação nas hostilidades, que incluíram um referendo, ameaças de invasão e a iminência de um conflito armado na fronteira com o Brasil.
O assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, e o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas atuaram como observadores, sem poder interferir nas decisões.
Embora especialistas considerem uma invasão pouco provável, Maduro intensificou seu discurso nos dias seguintes à consulta pública. Ele apresentou um novo mapa oficial do país incluindo a região de Essequibo e, em Caracas, assinou decretos que oficializam a criação do estado de Essequibo diante de uma multidão.
A Venezuela reivindica a verdadeira propriedade de Essequibo, uma área de 160 quilômetros quadrados que corresponde a cerca de 70% de todo o território guianês, abrangendo seis dos dez estados do país. O referendo reacendeu uma disputa de décadas e aumentou o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.
O comunicado oficial declara que o presidente Maduro ordenou a ativação imediata da Ação Conjunta "General Domingo Antonio Sifontes", envolvendo as Forças Armadas Bolivarianas na região do Caribe oriental e Fachada Atlântica, correspondendo às costas norte e nordeste da Venezuela, adjacente à fronteira com a Guiana.
O Ministério da Defesa britânico havia anunciado anteriormente o envio do navio de patrulha da Marinha Real HMS Trent para proteger a Guiana, que faz parte da Commonwealth. Embora o navio estivesse inicialmente na região do Caribe para combater o tráfico de drogas, será desviado para a costa guianesa.
Os Estados Unidos, que estabeleceram uma parceria militar com a Guiana no ano passado para lidar com a crise de Essequibo, anunciaram sobrevoos militares na região, uma medida também considerada provocativa por Maduro. Além disso, os EUA estão considerando a possibilidade de estabelecer uma base militar em Essequibo.
O anúncio da mobilização das tropas venezuelanas representa uma ruptura no caminho do diálogo que os dois países vinham traçando desde a reunião entre Maduro e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, realizada em São Vicente e Granadinas, no Caribe. O encontro, que contou com a participação do assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, buscava abordar o impasse entre as nações.
Após a reunião, o governo da Venezuela declarou que ambos os países demonstraram disposição em "prosseguir com o diálogo" sobre o território. Durante o encontro, realizado em uma sala reservada do aeroporto de São Vicente e Granadinas, na capital Kingstown, a Venezuela afirmou manter uma "posição inalterável".
Essa reunião marcou o primeiro diálogo direto na disputa pelo território de Essequibo, após mais de uma semana de intensificação nas hostilidades, que incluíram um referendo, ameaças de invasão e a iminência de um conflito armado na fronteira com o Brasil.
O assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, e o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas atuaram como observadores, sem poder interferir nas decisões.
Embora especialistas considerem uma invasão pouco provável, Maduro intensificou seu discurso nos dias seguintes à consulta pública. Ele apresentou um novo mapa oficial do país incluindo a região de Essequibo e, em Caracas, assinou decretos que oficializam a criação do estado de Essequibo diante de uma multidão.
A Venezuela reivindica a verdadeira propriedade de Essequibo, uma área de 160 quilômetros quadrados que corresponde a cerca de 70% de todo o território guianês, abrangendo seis dos dez estados do país. O referendo reacendeu uma disputa de décadas e aumentou o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.
Tags
Mundo