O Papa criticou veementemente a indústria de armas, denominando os produtos como "instrumentos de morte" responsáveis por conflitos globais. Durante sua mensagem de Natal na Basílica de São Pedro, ele fez um apelo pela paz no mundo, especialmente em relação ao conflito entre Israel e Palestina.
Francisco lamentou as mortes de civis inocentes no conflito e condenou o "ataque abominável" do Hamas em outubro, pedindo a libertação de reféns. Utilizando a narrativa do nascimento de Jesus em Belém, o Papa destacou que a cidade, que testemunhou a mensagem de paz de Cristo, agora ser associada à tristeza e ao silêncio.
Foto: FRANCO ORIGLIA (GETTY)
Em sua tradicional bênção "Urbi et Orbi", o Papa abordou as aflições mundiais, mencionando países como Armênia, Azerbaijão, Síria, Iêmen, Ucrânia, Sudão do Sul e península coreana. Ele apelou por iniciativas humanitárias para promover o diálogo entre nações e interromper a violência.
O Papa destacou a preocupação com a indústria de armas, criticando o aumento da produção, venda e comércio de armamentos em meio a esforços pela paz. Ele questionou como se pode falar de paz quando os interesses e lucros que impulsionam a indústria bélica estão em ascensão.
Francisco afirmou que as guerras atuais, especialmente na Ucrânia, servem como palco para testar novas armas, originadas dos chamados "mercadores da morte". Em busca de uma resolução para o conflito entre Israel e Palestina, ele apelou por um "diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional".
A mensagem do Papa, proferida diante de 70 mil pessoas na Praça de São Pedro, foi marcada pela presença de bandeiras palestinas e ucranianas na multidão. O discurso de Francisco foi a principal intervenção no Natal, com expectativa de uma bênção adicional na festa de Santo Estêvão e celebrações de Ano Novo na basílica.
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